Archive for Julho, 2012

teatro no pátio

Quarta-feira, Julho 11th, 2012

Tem sido assim, de cada vez que trazemos teatro ao Pátio da Inquisição.

Amanhã, venha divertir-se com o Teatro do Montemuro!

Julho: Olga Mesa e Rafael Alvarez no TCSB

Quarta-feira, Julho 11th, 2012

Dois espectáculos de dança no âmbito do Citemor encerram, a 28 de Julho, a temporada do Teatro da Cerca de São Bernardo. “Daisy Planet”, de Olga Mesa, e “sweetSKIN”, de Rafael Alvarez, são as propostas do Festival de Montemor-o-Velho, que pela primeira vez se estende ao TCSB. Ainda antes disso, há teatro ao ar livre no Pátio da Inquisição com o Teatro do Montemuro e o documentário “Mulheres na pesca”, de Maria Simões.

"Herança de Jeremias", pelo Teatro do Montemuro - amanhã à noite, no Pátio da Inquisição

“Herança de Jeremias”, um espectáculo do Teatro do Montemuro encenado por Graeme Pulleyn e Walter Janssens, abre no dia 12 (22h00) a programação de Julho do Teatro da Cerca de São Bernardo. Como já vem sendo habitual nesta altura do ano, A Escola da Noite volta a propor uma noite de teatro ao ar livre no Pátio da Inquisição. Desta vez, a proposta é uma comédia musical, para todas as idades, com a marca inconfundível do grupo de Campo Benfeito, bem conhecido do público de Coimbra. A história desenvolve-se a partir da morte de Jeremias Sénior, um jockey que morre num acidente na Grande Corrida de Burros. Cinco personagens – José (o cornudo), Joaquim (o bêbedo), Josefina (a fresca) e Jorgina (a negociante) e Jeremias Júnior (o estudioso) disputam a peculiar herança, composta por uma cabana, um curral e o premiado burro, Jeremias VI.

“Mulheres na pesca”, de Maria Simões
A 14 de Julho (21h30), o bar do TCSB volta a acolher a projecção de um documentário. “Mulheres na pesca”, de Maria Simões, é a proposta da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta. O filme é uma co-produção da UMAR-Açores e da cooperativa cultural Descalças e foi rodado ao longo de 2011. Retrata a vida das mulheres açorianas que trabalham no sector da pesca. “Antigamente dizia-se que uma mulher no porto era uma prostituta. Hoje, já não é assim. As mulheres na pesca nos Açores representam uma percentagem importante no sector e procuram a sua cada vez maior visibilidade, desejando a igualdade no trabalho. Encontram-se em quase todas a tarefas (desde os preparativos em terra, à extracção, à compra e venda, à indústria conserveira, à investigação), em quase todas as ilhas, e há quem as divida entre pescadoras de terra e de mar”, afirma Maria Simões, a realizadora, que participará no debate após a projecção do filme.

sweetSKIN, Rafael Alvarez

Olga Mesa e Rafael Alvarez na mesma noite
Um ano depois de ter apresentado “El lamento de Blancanieves” na Oficina Municipal do Teatro, Olga Mesa regressa a Coimbra, de novo por iniciativa do Citemor, para apresentar no TCSB o solo “Daisy Planet”. O espectáculo foi criado em 1999, para o X Festival “Alternativa”, em Madrid. Pela primeira vez no seu percurso, a criadora espanhola incorpora o texto com o trabalho coreográfico, não como uma sobreposição, mas adaptando-o “a partir do corpo, agindo ele mesmo sobre o corpo”. Nesta peça, o artista visual Daniel Miracle, colaborador habitual de Olga Mesa, criou o protótipo Neokinok.TV para acrescentar uma nova dimensão ao espaço cénico: “um espaço problemático, onde os jogos de desdobramento entre a ficção e a realidade, o tempo registado do vídeo e o real da acção intervêm na memória do espectador”.
O programa proposto pelo Citemor inclui ainda, na mesma noite, a ante-estreia de “sweetSKIN”, do coreógrafo português Rafael Alvarez. O trabalho parte de um improvável encontro entre um skinhead e as Cello Suites de Bach e procura reflectir sobre os nossos ‘modos de ver’ e de perspectivar a realidade, sobre a forma como a percepção de qualquer imagem é afectada pelo que sabemos ou por aquilo em que acreditamos.
Os dois espectáculos são apresentados a 28 de Julho, num programa único com início às 21h30.

TCSB
Julho 2012 – programação

teatro ao ar livre
Herança de Jeremias
Teatro do Montemuro
12 de Julho
quinta-feira, 22h00
entrada livre
espectáculo no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora

documentário
“Mulheres na Pesca”, de Maria Simões
14 de Julho
sábado, 21h30
Bar do TCSB > entrada livre
org. UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta

dança
Daisy Planet
Olga Mesa
e
sweetSKIN
Rafael Alvarez
28 de Julho
sábado, 21h30
espectáculo no âmbito do Citemor

informações e reservas: 239 718 238 / 966 302 488 / geral@aescoladanoite.pt

boletim meteorológico

Terça-feira, Julho 10th, 2012

http://www.meteo.pt

Céu pouco nublado ou limpo; vento moderado; temperaturas entre os 12 e os 25 graus.

Na quinta-feira vamos ter uma noite perfeita para vir ao teatro no Pátio da Inquisição. A entrada é livre e o divertimento é garantido.

Concursos para apoio às artes 2013 – 2016: comunicado

Segunda-feira, Julho 9th, 2012

Já depois do Festival das Companhias, e na sequência de várias vozes que denunciaram o silêncio do Governo quanto ao futuro do apoio às artes em Portugal, o Secretário de Estado da Cultura prometeu em audição parlamentar apresentar “o cronograma” dos concursos para 2013 até ao final de Junho.

Não o fez. Em vez disso, o Director-Geral das Artes deu uma entrevista à Antena Um, apontando vagamente o mês de Setembro para a abertura de “todas as modalidades de apoio” (plurianuais, anuais, pontuais, tripartidos e internacionalização), para todas as áreas artísticas (teatro, dança, música, artes plásticas e cruzamentos disciplinares).

Alheio aos retratos de calamidade e de verdadeiro estado de sítio em que se encontram as estruturas de criação artística em Portugal, Samuel Rego não hesita em fazer um balanço “extremamente positivo” do seu primeiro ano à frente da Direcção-Geral das Artes e manifesta-se “feliz” com os resultados alcançados.

Questionado sobre o orçamento de que dispõe para abrir estes concursos (pelos quais passa, à excepção do cinema, o essencial do financiamento público à criação artística em Portugal), afirmou que ele só será revelado no aviso de abertura, em Setembro. Mas deixou cair um número, referindo-se ao montante aplicado pelo Governo, em 2012, no apoio directo às artes: 12 milhões de Euros.

Desconhecemos as intenções do Director-Geral das Artes ao referir este valor neste contexto, mas repudiamos antecipadamente qualquer eventual tentativa de o tomar como referência para a definição do orçamento para os próximos anos. Em 2012, o investimento do Estado nesta matéria resumiu-se aos contratos quadrienais e bienais, assinados em 2009 e em 2011 e em relação aos quais aplicou um corte de 38%!

Abrindo, como a lei prevê, todas as modalidades de apoio para o próximo ano, o Governo tem não só a obrigação de repor as verbas que excepcionalmente foram cortadas em 2011 e 2012 como também a de incluir o orçamento necessário aos apoios anuais e pontuais (que não funcionaram em 2012) e aos apoios à internacionalização (uma novidade introduzida, com valores simbólicos, pela actual equipa governativa).

Para além disso, o corte de 2012 foi feito na sequência de um outro corte (de 15%, aplicado em 2011 às estruturas com apoios quadrienais) e em cima dos resultados do último concurso para apoios bienais (2011-2012), que determinaram uma redução média de 18% (mas que no caso de algumas estruturas ultrapassou os 30%) em relação aos contratos do biénio anterior. Como se constata nos quadros anexos, o montante investido pelo Estado no apoio às artes sofreu, desde 2009, uma redução global de 43% (menos 8,8 milhões de Euros). Se considerarmos o valor médio por projecto ou estrutura apoiada, essa redução é ainda mais significativa: 48%.

Caso o Governo não reponha este valor, estaremos perante um logro, ainda por cima apresentado com a demagogia que os valores absolutos e a palavra “milhões” sempre facilitam. Mais grave ainda, estaremos perante o agravamento e a perpetuação da situação de desastre em que as estruturas de criação já estão neste momento – redução das equipas de trabalho ao mínimo, proliferação da precariedade dos seus colaboradores, endividamento crescente, incapacidade de planear a sua actividade e de assumir compromissos a médio prazo, consequente incapacidade de recorrer a outras eventuais fontes de financiamento. Dificuldades essas – recorde-se – que não resultam de nenhuma megalomania das estruturas ou de gastos não previstos. Elas decorrem exclusivamente do facto de o Estado ter cortado unilateralmente, em dois anos consecutivos, verbas que estavam contratualizadas.

Neste contexto, o único valor aceitável como referência nos concursos prometidos para Setembro é o montante que foi aplicado em 2009, na última vez que houve, em simultâneo, concursos para as quatro principais modalidades de apoio (quadrienais, bienais, anuais e pontuais). Só esse montante – 21 milhões de Euros – permitirá ao Governo falar de “manutenção” dos apoios e só com essa verba será possível manter condições mínimas para que a criação artística de serviço público sobreviva em Portugal.

9 de Julho de 2012

A Escola da Noite – Grupo de Teatro de Coimbra
ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve
Centro Dramático de Évora
Companhia de Teatro de Braga
Teatro das Beiras
Teatro do Montemuro

Outras posições públicas destas companhias

10/06/2012 – Comunicado final do V Festival das Companhias

28/06/2010 – “O corte de 10% nos contratos com o Ministério da Cultura” [comunicado final do IV Festival das Companhias]

24/07/2009 – “Criação artística em Portugal: contributos para uma nova política”

14/06/2009 – Comunicado final do III Festival das Companhias

18/10/2008 – “Concursos de apoio às artes 2009: discussão pública”

29/08/2008 – Carta aberta ao Ministro da Cultura

quinta à noite, no Pátio da Inquisição

Sábado, Julho 7th, 2012

Teatro ao ar livre, para todas as idades, com entrada gratuita e a marca do Teatro do Montemuro.

Coloque na sua agenda!