Archive for Abril, 2012

Arquitectura popular em debate no TCSB

Segunda-feira, Abril 23rd, 2012

A Escola da Noite acolhe hoje e amanhã, no TCSB, o colóquio “O Inquérito à Arquitectura Popular, 50 anos depois”, uma organização da EUAC – Escola Universitária das Artes de Coimbra.

De acordo com a organização, estarão presentes os participantes no “Inquérito à Arquitectura Popular em Portugal”, arquitectos António Menéres, Carlos Carvalho Dias, Franscisco Silva Dias, Alfredo da Matta Antunes e ainda os arquitectos Francisco Pires Keil do Amaral, Vitor Mestre, Pedro Borges Araújo, Duarte Belo, Cláudia Albino e os historiadores José Miguel Noras e Rui Tavares.

No dia 23, segunda-feira, o colóquio decorrerá da parte da tarde, das 14h30 às 18h00. Na terça-feira, dia 24, será todo o dia, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. A iniciativa, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, tem entrada livre.

Assinatura TCSB: já tem?

Domingo, Abril 22nd, 2012

Aproveite a vinda ao espectáculo “Sunset on Mars” para comprar a sua primeira assinatura TCSB.

Por apenas 30 ou 50 Euros tem direito a 5 ou a 11 bilhetes para qualquer espectáculo com entrada paga no Teatro pelo prazo de 12 meses.

Faça-nos companhia!

Sunset on Mars, de German Jauregui

Sábado, Abril 21st, 2012

A dança contemporânea está de volta ao TCSB, com o espectáculo Sunset on Mars, de Germán Jauregui. Reserve já o seu bilhete!


Numa sociedade caracterizada pela saturação de informação e estímulos, pelo materialismo e pela perda progressiva de valores éticos e morais, emergem duas pessoas: um homem e uma mulher que se encontram em profunda crise. Confrontados com a ausência de fé e da sua individualidade, eles têm uma última oportunidade de comunicar em harmonia, o que lhes poderá permitir uma união mais profunda e verdadeira: uma última oportunidade para se salvarem da catástrofe. Se falharem, a separação será completa e irreversível.

direcção artística e coreografia Germán Jauregui criação e interpretação Germán Jauregui e Elena Fokina música original Borja Ramos desenho de luz Francis Gahide texto Elena Fokina & Germán Jauregui voz off Pep Ramis figurinos Nathalie Osinski tradução Mónica Castell, Julie Waddington colaboração artística María Muñoz

Teatro da Cerca de São Bernardo
27 e 28 de Abril, sexta e sábado, 21h30
4 a 8,00 €

espectáculo no âmbito da rede Culturbe – Braga, Coimbra e Évora

informações e reservas: 239 718 238 / geral@aescoladanoite.pt

esta co-produção

Sexta-feira, Abril 20th, 2012

"O Abajur Lilás" (foto de ensaio, de Paulo Nuno Silva)

O Cendrev e A Escola da Noite pertencem a duas “vagas” distintas da descentralização artística em Portugal, iniciadas há cerca de 40 e 20 anos, respectivamente. O facto de este conceito continuar hoje na ordem do dia e entre as supostas “prioridades” do Governo mostra uma de duas coisas: ou estas companhias (e as suas congéneres espalhadas pelas principais cidades do país) eram particularmente visionárias, ou as políticas de desenvolvimento cultural adoptadas nas últimas décadas foram mesmo inconsequentes.
Os projectos artísticos das duas companhias são indissociáveis das cidades que escolheram para se instalar. Também graças a elas e ao trabalho que têm desenvolvido, é hoje mais difícil imaginar uma cidade média sem estruturas de criação artística que estreiem regularmente espectáculos, que formem novos profissionais, que estabeleçam pontes com as comunidades escolares e universitárias, que apoiem e acolham projectos de novos criadores, que façam parcerias e intercâmbios com outros artistas e companhias, que organizem festivais e dinamizem programações, que justifiquem a construção ou a recuperação de teatros e assegurem o seu funcionamento diário.
Muitas vezes resistindo contra a indiferença, a incompreensão e até (em contextos especiais e felizmente efémeros) à hostilidade daquelas e daqueles que temporariamente são encarregados da coisa pública, o Cendrev e A Escola da Noite têm desta forma ajudado a concretizar a democracia, nas suas cidades e no país. Com o seu trabalho, estas duas companhias e os restantes grupos que prestam serviço público em Portugal têm contribuído para tornar realmente adquirido um direito que só em 1975 ficou formalmente consagrado – o direito de todos os cidadãos à criação e à fruição artística.
Nos dias que correm, esse facto comporta dois perigos, em relação aos quais é necessário que todos (públicos incluídos) estejamos alerta. Por um lado, quem hoje ousa falar e defender direitos adquiridos – da cultura à saúde, da educação ao trabalho e à protecção social – é tratado com desdém e considerado ultrapassado, sobretudo por parte daqueles que, realmente, sempre tiveram tais direitos garantidos. Por outro lado, como apesar das dificuldades que sempre enfrentaram as companhias têm continuado a trabalhar, poucos são os que acreditam que os direitos que elas ajudaram a tornar adquiridos possam voltar a deixar de o ser. E que companhias como o Cendrev e A Escola da Noite deixem de ter condições para existir, ou que teatros municipais como o Garcia de Resende (cujo 120.º aniversário se comemora este ano) e o Teatro da Cerca de São Bernardo deixem de ter profissionais qualificados a assegurar o seu funcionamento regular.
Mais do que em qualquer outro momento nas vidas destas duas companhias, é isto o que está em causa. Mas não é uma inevitabilidade. A concretização desta ameaça dependerá da forma como quisermos e conseguirmos (criadores e espectadores) fazer-lhe frente. Para começar, é preciso levá-la a sério.

A oportunidade para esta co-produção em concreto (a primeira entre as duas companhias) surgiu de forma inesperada no final do ano passado, quando projectávamos os nossos planos de actividade para 2012. Mas as condições para o seu sucesso vêm sendo trabalhadas há muito: o Cendrev e A Escola da Noite são parceiros em vários projectos (Plataforma das Companhias, rede Culturbe, entre outros) e souberam construir entre si uma relação de cumplicidade, que o presente processo veio reforçar.
Montar uma co-produção comporta sempre riscos adicionais. Obriga as estruturas e as pessoas que as compõem a confrontar-se com diferentes linguagens, métodos e processos de trabalho. Obriga a que os intervenientes sejam capazes de se colocar no lugar do outro e que estejam disponíveis para a troca. É por isso e nessas condições, mais do que meras razões de contabilidade e de contenção de custos, que gostamos de as fazer. É por isso e pelo facto de o termos conseguido que, para além do resultado final que agora apresentamos ao público, sentimos ter vencido o desafio e que saímos mais fortes para enfrentar o que aí vem.
Tal como Plínio Marcos nos mostra neste texto, há sempre diferentes formas de reagir perante uma situação de opressão ou de violência ilegítima. Habituados a estas andanças, nós gostamos de as combinar: o pragmatismo e a necessidade de continuar a trabalhar (quase) como se nada fosse, porque interesses mais altos se levantam; a irresistível tentação de explodir de vez em quando, porque há limites que não podem ser ultrapassados; a serena (e irresponsável?) convicção de que tudo isto é passageiro e de que os Giros e os respectivos capangas que hoje nos atormentam (e as sombras que eles nos recordam) não levarão a melhor.
Animam-nos dois factores adicionais, com que as personagens de Plínio não podiam contar: o “amor à arte” e a solidariedade dos clientes.

A Escola da Noite / CENDREV,
Abril de 2012.

in programa do espectáculo

workshop de Germán Jauregui: último dia para inscrições

Sexta-feira, Abril 20th, 2012

Termina hoje o prazo para as inscrições no workshop de movimento de Germán Jauregui que terá lugar no TCSB no dia 28 de Abril.

Não perca!