Archive for Setembro 16th, 2011

Segundo filme do Périplo Cinematográfico Romeno

Sexta-feira, Setembro 16th, 2011

O ciclo de cinema romeno que A Escola da Noite acolhe no TCSB até 3 de Outubro prossegue esta segunda-feira (21h30) com o filme “Como é que passei o fim do mundo”, de Catalin Mitulescu. Inédita em Portugal, esta tragicomédia valeu o prémio de interpretação feminina “Un certain regard” à actriz principal, Dorothea Petre no Festival de Cannes 2006. Laurentiu Damian e Júlia Garraio abrem o debate no final da sessão, que tem entrada livre.

Eva, uma adolescente de 17 anos, quebra por acidente, na escola, um busto de Ceausescu. Recusando a humilhação da auto-repreensão pública perante uma assembleia disciplinar, é expulsa da escola e transferida para um reformatório da periferia de Bucareste. Eva não se resigna e decide abandonar o país. Lalalilu, o seu irmão de oito anos, convence-se de que Ceausescu é o principal responsável pela partida de Eva e concebe com os seus amigos de escola um plano para derrubar o ditador.
O filme, definido como uma “tragicomédia em tons de absurdo e sublime”, foi lançado em 2006 e premiado no festival de Cannes do mesmo ano, para além de ter integrado a selecção oficial dos festivais de Veneza, Berlim, Toronto, Helsínquia e Melbourne, entre outros. É a primeira longa metragem da carreira do realizador e argumentista Catalin Mitulescu (1972), formado pela Universidade Teatral de Arte Teatral e Cinematográfica “Ion Luca Caragiale”.

Dorothea Petre, Prémio de Interpretação Feminina "Un certain regard" (Cannes/2006)

A exibição do filme em Coimbra insere-se no ciclo Périplo Cinematográfico Romeno, uma iniciativa do Instituto Cultural Romeno, em parceria com A Escola da Noite / TCSB e o FilaK Cineclube que pretende divulgar e debater a nova cinematografia deste país, ainda largamente desconhecida em Portugal. No final de cada sessão (com entrada gratuita), é aberto um espaço de debate com a assistência, com a participação de especialistas  convidados pela organização. Para comentar “Como é que passei o fim do mundo”, Iolanda Vasile e Mihaela Mihai, programadoras do ciclo, convidaram o cineasta e professor de cinema Laurentiu Damian (responsável pela formação de vários dos mais famosos realizadores romenos da nova geração) e Júlia Garraio, investigadora do Núcleo de Estudos sobre Humanidades, Migrações e Estudos para a Paz do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
Inédito em Portugal, o filme não se encontra legendado em português. A organização optou, assim, por mostrar a versão legendada em inglês.

Périplo Cinematográfico Romeno
Coimbra, 12 de Setembro a 3 de Outubro de 2011
PROGRAMA COMPLETO

FILMES
4 meses, 3 semanas e 2 dias
(2007, Cristian Mungiu)
comentadores: Laurentiu Damian e Adriana Bebiano
12 de Setembro, segunda-feira, 21h30
TCSB, entrada livre

Como é que passei o fim do mundo
(2006, Catalin Mitulescu)
[legendado em inglês]
comentadores: Laurentiu Damian e Júlia Garraio
19 de Setembro, segunda-feira, 21h30
TCSB, entrada livre

12:08 A Este de Bucareste
(2006, Corneliu Porumboiu)
comentadores: Miguel Cardina e Maria Paula Meneses
26 de Setembro, segunda-feira, 21h30
TCSB, entrada livre

Histórias da Idade de Ouro
(2009, colectivo)
comentador: Bruno Sena Martins
3 de Outubro, segunda-feira, 21h30
TCSB, entrada livre

WORKSHOP
O Conceito do Jovem Cinema Romeno
Prof. Dr. Laurentiu Damian
Interlocutores: Virgil Mihaiu & Angelo Mitchievici
13 de Setembro, terça-feira, 17h30
Casa das Artes da Fundação Bissaya Barreto, 83, Coimbra (Fila K)

informações e reservas
239 718 238 > 966 302 488 > geral@aescoladanoite.pt

Declaração dos Promotores do protesto “Artistas e Públicos Indignados”

Sexta-feira, Setembro 16th, 2011

 

“A nossa capacidade de indignação pode e deve levar-nos a ações construtivas, motivadas pela recusa da passividade e da indiferença. (…) Saber dizer sim. Agir. Combater. Participar na insurreição pacífica o que nos permite dar resposta a um mundo que não nos agrada. Numa palavra: empenhar-nos!” afirma o filósofo Stéphane Hessel.

Artistas e Públicos Indignados é uma “revolta! de gente da “cultura” perante uma conjuntura que representa um retrocesso civilizacional em termos de direitos de cidadania, uma “revolta” que é intérprete não só de um sentimento colectivo de desalento, ainda difuso, e que deseja encontrar uma linguagem certa para o denunciar.

Esta iniciativa de protesto dos sectores das Artes e da Cultura pretende promover a unidade de todas as diferenças sem as anular, não querendo ser patamar de divisão ou de sectarismo sectorial; deseja, isso sim, dar visibilidade a um movimento geral de indignação de artistas, criadores e demais trabalhador@s face ao actual estado de degradação, desinvestimento e desertificação do sector das Artes e da Cultura. Pretende, também, dar voz aos Públicos, que a ela têm direito, para que possam ser espectadores emancipados.

Este é um protesto que emerge, organicamente, da força conjunta de um país a requerer mais e melhor democracia, mais qualidade de vida e que luta também pela requalificação das condições de criação e pelo direito aos seus tempos de fruição e de reflexão.

A Arte e a Cultura são os elementos vitais para a construção de um mundo melhor, tecido de diálogos entre visões e entendimentos diferentes do mundo.

Queremos que a Arte e a Cultura nos ajudem a fazer um país melhor, um país que questione, critique e altere um modelo de sociedade que claramente falhou.

Artistas e Públicos Indignados fazem ouvir a sua voz no dia 17 de Setembro, pelas 17h na Praça do Rossio, e em qualquer lugar do país, e decidem habitar criativamente a rua com a sua arte e cultura.

 

Programa do evento:

(prevê-se a sua realização simultânea em várias cidades do país):

17h concentração de artistas e públicos indignados na Praça do Rossio, Lisboa

19h reunião-debate aberta a tod@s participantes

 

Promotores:

Dolores de Matos, programadora, encenadora e actriz

Eugénia Vasques, Prof. Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, crítica teatral

Joaquim Paulo Nogueira, dramaturgo e investigador

Leonor Areal, cineasta

Margarida Paredes, escritora, antropóloga

Mário Nuno Neves, autarca e publico muito indignado

Paulo Raposo, Prof. Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE, antropólogo

Patricia Freire, programadora cultural

Rui Rebelo, músico

Sara Gonçalves, actriz, encenadora

 

Contacto e subscrição: artistasepublicosindignados@gmail.com

Evento Facebook: https://www.facebook.com/event.php?eid=272937089398976